Deslocamentos e recomposição da fé (Do Vaticano II ao Papa Francisco)

Vivemos numa sociedade e numa cultura onde cada vez mais a fé será uma questão de escolha pessoal. Ser cristão ou não, será uma opção, uma decisão tomada pela pessoa de maneira consciente e livre, no conjunto das opções importantes da vida.
Situação muito diferente daquela na qual a maioria de nós foi iniciada na fé, viveu e praticou o catolicismo ao longo da sua vida; um catolicismo com um lastro sociológico e cultural muito pesado. O século XXI é um divisor de águas simbólico. É a despedida do cristianismo tradicional (sucedâneo da cristandade medieval) e o início de uma era na qual o cristianismo será formado por grupos minoritários de cristãos, perdidos no meio de uma sociedade da “intranscendência”.
Do ponto de vista eclesial o Concílio Vaticano II e o Papa Francisco são dois referenciais importantes nessa travessia da fé cristã. Em diálogo com eles e atentos ao contexto das transformações culturais, tentaremos compreender os desafios dessa situação para a fé. Que significa que um grupelho de cristãos tenha a ousadia de pedir aos Bispos que considerem herege ao Papa Francisco?
Esse fato por si só manifesta uma perigosa tensão dentro da Igreja que está sendo manipulada por pessoas como Stive Bannon, na tentativa de identificar essa reação dentro da Igreja com o fenômeno da nova direita, sobretudo na europa. Conluio escandaloso que nos obriga a perguntar que significa o evangelho para certos setores da igreja.