Caminho, Verdade e Vida: três grandes carências existenciais; elas apontam para o sentido da existência; expressam as três grandes buscas do ser humano. Três dimensões que nos humanizam. Não são necessidades periféricas. Jesus se apresenta como resposta a estas buscas.
O ser humano é ser de travessia: é peregrino por natureza, busca um horizonte, desloca-se em direção a uma plenitude. Jesus se faz o centro deste Caminho.
Ali onde alguém faz o caminho como Jesus fez (peregrino entre os mais pobres e excluídos) está deixando transparecer em sua vida o rosto do Pai. Por isso, quem o vê, quem vive como Ele (em amor aberto à vida) viu o Pai da vida. Trata-se de “ver a Jesus” (esta é a experiência pascal), mas de vê-Lo caminhando consigo, assumindo Sua verdade, vivendo na dinâmica de Sua vida.
O ser humano busca a verdade; antes que “ter” verdade, ele quer “ser verdade”. Jesus afirma: “eu sou a verdade”, e não “eu tenho a verdade” (poderia fechá-lo diante da verdade do outro, caindo no fundamentalismo). O importante não é ter a verdade, mas ser verdadeiro. A pessoa verdadeira pode entrar em ressonância com a verdade do outro. Jesus é verdadeiro, revela o que é mais nobre em seu coração, não usa máscara, é pura transparência do rosto do Pai.
Eucaristia e manhã de Oração
6 de maio de 2018